Podemos distinguir três grandes áreas de assentamentos humanos na Galiza, a área costeira (a mais populosa), a Galiza interior e as áreas montanhosas (as menos povoadas).
A Galiza tem um sistema urbano policêntrico que é composto por 7 áreas urbanas com mais de 50.000 habitantes. As duas principais áreas metropolitanas som a Corunha ao norte e Vigo ao sul. Som as duas que têm mais indústria e também as que contam com as duas equipas de futebol mais importantes (Deportivo e Celta).
Ambas estám no litoral e possuem os principais portos e, embora cada uma não atinja os 500.000 habitantes cadastrados, na realidade a proximidade de outras 2 áreas importantes forma conurbações urbanas à medida que se expandem.
Assim, o Grande Corunha expande-se para a área urbana de Ferrol-Narón e o Grande Vigo para a área urbana de Pontevedra, formando duas conurbações que exigem um maior planejamento nas comunicações e o uso comum das infra-estruturas.
Mas a capital da Galiza é Santiago de Compostela, cidade que não atinge os 100.000 habitantes registrados. E embora seja a cidade mais turística graças à sua célebre catedral, Compostela foi historicamente o centro político e religioso, e hoje é o centro administrativo e universitário, onde se encontra a sede e o parlamento do governo autonômico.
Estas 5 áreas urbanas situam-se no denominado Eixo Atlântico, o eixo de maior vitalidade económica da Galiza, e estende-se às outras duas cidades do interior que têm arredor de 100.000 habitantes (Lugo e Ourense) e também ao Porto (em Portugal) e Oviedo (nas Astúrias) .
Existem geógrafos que analisam o sistema urbano em que garantem que, se a Galiza tivesse apenas uma só área metropolitana coma a do Porto, no norte de Portugal, ou mesmo Barcelona, na Catalunha, que dispusera de todos os serviços centralmente, o país seria mais competitivo e dificilmente existiriam localismos.
Mas nom tem que ser o caso, já que em outros territórios como o País Basco, temos uma situaçom semelhante com três cidades principais descentralizadas e nom muito grandes (bem conetadas no eixo da Y basca), e sua economia é uma das mais competitivas do Estado Espanhol. Ou também nos Países Baixos e seu eixo Amsterdã-Roterdã-Haia, cada cidade com sua funçom especializada. A diferença é que as comunicações entre as cidades galegas som muito piores, principalmente devido à sua complexa orografia.
No entanto, a descentralizaçom também é boa e deve ser promovida, evitando localismos e muitas duplicações, como na administraçom de três universidades públicas num território tam pequeno. Cada área urbana deve ser especializada e perfeitamente conectada. Vigo e Corunha têm os principais portos, essenciais para a economia galega, tanto para importaçom quanto para exportaçom e chegada de cruzeiros.
A Galiza é caracterizada devido à sua geografia por ter um habitat disperso com muitas vilas pequenas e aldeias, por isso nem todas têm boas conexões ou serviços. A divisom administrativa é composta de maior a menor por: Províncias, Comarcas, Concelhos e Paróquias ou Freguesias (algumas também chamadas Pedanias).
As paróquias sempre tiveram um papel importante na sociedade galega. Elas foram criadas na época dos Suevos e agrupam um grupo de aldeias às quais pertencem um pároco, um pedáneo e uma igreja. O habitat na Galiza é muito disperso devido à sua geografia e existem muitas pequenas aldeias em lugares diferentes em todo o território. Alguns na cima dos outeiros, outros no meio da encosta e outros nos vales próximos aos rios. Os seus tamanhos também variam, algumas têm apenas 3 ou 4 casas, e a igreja é o centro e o lugar de ligaçom entre várias aldeias vizinhas.
Em cada igreja paroquial há um pároco designado (embora hoje um pároco poda dirigir várias paróquias devido à falta de pessoal...) E o pedáneo é o representante escolhido por seus vizinhos, como prefeito, mas sem partido político.
A vila sempre foi o modelo de habitat característico desde a época dos castros celtas como núcleo populacional. Um núcleo de identidade, onde todos os seus habitantes se conhecem e se perguntam quando alguém de fora aparece ou rivaliza com os habitantes de outras aldeias vizinhas. E sempre de tradiçom religiosa, na qual o Padre ou pároco tinha um papel fundamental.
Mas na Galiza, ao contrário que a divisom por paroquias, a divisom em quatro províncias nom tem muito sentido, uma vez que as comarcas que as compõem têm características geográficas muito diferentes umas das outras na mesma província ou, às vezes, têm maior semelhança com as da província vizinha.
Ademais, o número de concelhos é excessivo, porque, devido ao envelhecimento e ao despovoamento, muitos nom atingem 1.000 habitantes. Houve algumas fusões, mas o ideal seria que as comarcas tivessem menos concelhos e, consequentemente, menos alcaldes. Além disso, as comarcas, que têm o seu peso histórico e geográfico, mas nom administrativo, seria bom que fossem as encarregadas de oferecer serviços a seus concelhos e paróquias, funcionando como mancomunidades em detrimento das deputações provinciais.
Dessa forma, eliminar as deputações provinciais que som instituições com um grande poder político assim como unir pequenos municípios, seria uma gestom territorial muito mais eficiente num territorio onde o caciquismo e a corrupçom foram historicamente frequentes e onde tristemente estám presentes ainda hoje.
Densidade da populaçom na Galiza |
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